Isaque Romancini

Me agarra, me solta!

Se eu pudesse transbordar o limite seria tênue!

Se minha vísceras não doessem o amor não teria me tocado.

Incondicional, irracional, descontrolado, fora de eixo.

Eu cresço, desmancho, socorro, me espanto.

Cabe a quem discernir se é amor ou dor, que me engole, quebra, tortura com ternura.

Mal sabem as flores, que cresceram e se foram, antes eram de amor e agora são pó!

Cada um ama como pode, uns dão cheiro, outros beleza, alguns são passageiros, mas, alimentam, fortalecem.

Queria ser caule, não flor, nem pó, só amor, eu me desmancho.

Minha ferida cicatriza, o que era dor hoje são marcas, no caule ficamos marcados, éramos brotos e hoje alimento as raizes.

Um ciclo infinito, que nasce, cresce, floresce, machuca, morre, alimenta e renasce!

A fênix da vida, confunde o amor, com seus ciclos finitos que padecem do carma, alimentar a alma de outro amor!

Que me dera ser caule.

Floresceria com paz, mas meu destino despenca em raiz, sou menos amor, o destino nem sempre me quis!

Que minha dor te alimente, traga energia, aninhe seu colo, fortaleça seu ego, te carregue de bem, que você ame alguém.

Já não sou mais pétalas, não sou pó, sou lagrimas que regam seu solo.

Você foi meu caule, amanhã florescerei só!

  • Autor: Isaque Romancini (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de Abril de 2020 10:54
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 27

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