às vezes me pergunto o que você fez com todos os presentes que te dei.
talvez tenha os jogado fora
ou apenas guardado.
ursos, fotos, brincos
tudo isso foi fichinha em relação ao amor que te dei.
acho que
você nunca deu valor
aos ursos de pelúcia
as fotos com frases clichês
os brincos que não se comparavam ao brilho do teu olhar
e muito menos
aquele amor que senti por você.
aliás
ainda uso as camisas que você me presenteou
aquela de mangas longas uso em dias frios, tristes e cheios de saudades.
o meu psicológico deixou teu cheiro grudado em meu moletom até um dia desses.
aquela foto que veio junto com o porta-retrato que você me deu
eu rasguei
o porta-retrato está virado para baixo.
e ele foi o último presente
antes de você se fazer ausente.
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Autor:
Patrick Adrian (
Offline) - Publicado: 4 de novembro de 2020 00:09
- Categoria: Amor
- Visualizações: 21
Offline)
Comentários2
Muito lindo este poema, amar é investir em mimos. Deixar de ser amado é contabilizar os prejuízos emocionais.
Parabéns ao poeta, Patrick Adrian.
Muito bem escrito! Gostei especialmente do trocadilho que você faz no final entre presente e ausente. A dor termina encontrando uma válvula de escape na escrita poética! Excelente!
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