Marçal de Oliveira Huoya

Nua

Nunca tinha visto antes uma mulher nua,

Uma mulher nua, totalmente nua,

Ah! Isso era novidade,

Tão crua, tão nua de verdade,

Sem vergonha ou sem pudor,

Nua do seu amor, da sua dor,

Da sua fragilidade,

Forte pela franqueza,

Amando sem ter defesas,

Suas incertezas,

Com feminina simplicidade,

Atraindo meu reparo, meu faro

Cativeiro da minha saciedade

Ah essa mulher pouco se dá conta,

Do magma que provoca,

Sua pele que me afronta,

Essa fina penugem que me toca,
Seu sorriso, minha surpresa,
Seu beijo tão vivo, tão impulsivo
Em busca da felicidade,

Talvez viva as dúvidas,
Pense em incertezas,
Tenha saudades de algum passado, 
De algum sentimento vivido,
Um sonho partido,
Ou algum amor acabado,
Talvez sofra sem fazer alarde,
Chore a noite escondido,
Noites de sono perdido,
Mas quem vai saber?
Quem sabe?

O que eu não duvido,
É que vive despida,
De medos e de receios,
Simplesmente quer ser,
Seus sonhos, seus devaneios,
Talvez procure uma saída,
Talvez seja a mulher de minha vida,
Talvez venha inspirar aos pintores e poetas,
Talvez venha fazer o que ninguém fez,
Anunciar minha devoção secreta,
Acender uma paixão proibida,
Talvez, Talvez...

  • Autor: Vênus (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 28 de Outubro de 2020 12:54
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 100

Comentários2

  • Priscila Ribeiro

    Feliz quem sabe viver despido! Lindo poema.

  • lucita

    Seus belos versos fazendo belas curvas, lembrando nuances de um corpo de mulher...
    Lindo poema!



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