As linhas não se cruzam
Estou só, em outra direção
Enquanto o horizonte me empurra outros caminhos
Que atenuam o que é a febre
Quando vem a cair do céu
Gotas de saudade e de dor
Que sangram a virgindade
Do nosso digno credor
A hipocrisia da sociedade e de todos que falam sem saber
Queima a sanidade do invólucro
Trabalhar, matar e morrer
Pelos restos do sistema
Flores na primavera, não me importas
O que me importas é que
De ti gosto em todas estações
Não me importas, não me importas, não me importas
Não pretendo ser seu mártir
Nesse sentimento duvidoso
Às vezes sinto calor
Mas sempre estou sóbrio
Espero o que deve ser esperado
Não há o imprevisível
Não há o que te intimidas
Os ponteiros viram-se ao contrário
Os ponteiros viram-se ao contrário
Insegurança, talvez uma tentativa de se omitir
E continuar omitindo-se, e continuar tentando
Nada pressupõe que a verdade é o que você vê
Mas não há mentira que me envolve
Às vezes é difícil esquecer o que não é verdade, isso não é verdade
Mas mesmo assim
- Autor: Célio Azevedo ( Offline)
- Publicado: 26 de outubro de 2020 22:27
- Comentário do autor sobre o poema: Acesse: www.celioazevedo.com
- Categoria: Não classificado
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