JUCKLIN CELESTINO FILHO

MARIA EMBALA O FILHO

O vento balança 

A flor,

A flor balança 

Ao vento;

O vento balança 

Os cabelos de Maria

Que se enroscam

Na rede

Onde ela se balança;

Com ciúmes,

A brisa 

Que do céu desliza,

Se derrama em pranto,

Queria tanto

A mimosa, balançar

A rede, beijar 

As belas tranças de Maria!

 

Maria sonha acordada,

Deixando a boneca de lado. 

Mudou-se a roda do tempo,

Foi-se embora 

A fantasia,

A inocente guria 

Deixou de ser criança. 

Tem outros afazeres agora:

A casa, cuidar 

Das  longas madeixas ,

Que se esparramam

Qual cascata de ouro, quais ramos

De açucena, sobre o formoso 

Colo  caindo-lhe,

Emoldurado-lhe o belo rosto.

 

Ansiosa, com os olhos voltados

Para a estrada,

Espera  Maria 

O namorado. 

Depois, com novo soprar

Do vento,

Na modelagem do tempo,

Vemos Maria,

Com ternura e intenso brilho 

No olhar,

Embalar o querido filho!

  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de Outubro de 2020 08:29
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 51


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.