O vento balança
A flor,
A flor balança
Ao vento;
O vento balança
Os cabelos de Maria
Que se enroscam
Na rede
Onde ela se balança;
Com ciúmes,
A brisa
Que do céu desliza,
Se derrama em pranto,
Queria tanto
A mimosa, balançar
A rede, beijar
As belas tranças de Maria!
Maria sonha acordada,
Deixando a boneca de lado.
Mudou-se a roda do tempo,
Foi-se embora
A fantasia,
A inocente guria
Deixou de ser criança.
Tem outros afazeres agora:
A casa, cuidar
Das longas madeixas ,
Que se esparramam
Qual cascata de ouro, quais ramos
De açucena, sobre o formoso
Colo caindo-lhe,
Emoldurado-lhe o belo rosto.
Ansiosa, com os olhos voltados
Para a estrada,
Espera Maria
O namorado.
Depois, com novo soprar
Do vento,
Na modelagem do tempo,
Vemos Maria,
Com ternura e intenso brilho
No olhar,
Embalar o querido filho!
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 22 de outubro de 2020 08:29
- Categoria: Amor
- Visualizações: 51
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