Bebê nobre

Divaldo Ferreira Souto Filho

Rostinho delicado que esconde o futuro

Doce pecado que sustenta o apuro

Face que acende a inveja da pureza

Senão pelo coração, seja pela beleza

 

Ninguém sente de modo inverso

Nem que a maldade tente em todo universo

Vai fazer a vaidade invadir a razão

Pois tu, anjinho, és nobre de coração

 

A vida é a luz que tudo inventa

A morte é o marasmo que nem tenta

O amor é o calor que ao peito esquenta

Marasmo é o amor que da vida se ausenta

 

O amor sentiu a tenra invocação:

- venha ser o senhor da minha ação

E o amor, essência da pureza,

Assentou-se no trono da sua realeza

 

Rostinho delicado traz a harmonia

De olhinhos encantados de alegria

Fascinação da mente que tudo descobre

Emoção que sente um corpo nobre

 

A vida é a luz que tudo inventa

A morte é o marasmo que nem tenta

O amor é o calor que ao peito esquenta

Marasmo é o amor que da vida se ausenta

 

Paisagem angelical esse rostinho traz

Passagem do sal no sabor da paz

Tu, anjinho, vai descobrir teu caminho

Mas nunca se sinta um grão sozinho

 

Nada, ao acaso, és escolhido

Há uma força que te faz protegido

Vá e distorça os nós dos caminhos seus

Mas não vá a sós. Dê as mãos a Deus

 

A vida é a luz que tudo inventa

A morte é o marasmo que nem tenta

O amor é o calor que ao peito esquenta

Marasmo é o amor que da vida se ausenta

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