Lágrimas se vão
Descendo sem cessar
Pinga
Pinga
Nestes ladrilhos
Parece que foi ontem que o vi
Que o vi pela primeira vez
Ah, cai
Tão mal, eu cai de amores por ti
Sorrias
E quando falavas
Ah, é o coro dos anjos
Em tu, me vi
Em tu, minha rima e melodia
Mas, tão foda é se apaixonar sozinha
Tão mal
Tão mal
Me refúgio nas poucas lembranças que de ti tenho
Trago comigo
Poucas e escassas, lembranças
Tu não passa de doces lembranças
Ooh... A decepção
Ooh... A desilusão
Meu coração foi partido em dois
A mim
A mim restou apenas, uma pequena parte
Enquanto em ti, mora a maior parte
Sem volta
Ele se casou e não foi comigo
Estou te vendo ir
Quem está no final do corredor?
Oh, ela aquém tu amas!
E eu?
Estou aqui, sentada no fundo da igreja
Na última fileira
Como uma masoquista
Te vendo ir
Te vendo, no altar com outra
Sempre, me vem na mente
Sempre e sempre
Aquele coro cantando, enquanto minhas lágrimas caiam.
Ela tão linda de branco
Em seus braços
E eu?
Chorando copiosamente
Naquele última fileira
Com minhas mãos trêmulas tentando
Tentando em vão abafar os soluços
Que rasgam a alma
Pinga
Pinga
As lágrimas, quando caem nos ladrilhos
Oh, tendo que conviver sozinha
Eu sinto sua falta quando não consigo dormir
Sozinha comigo e implorando por misericórdia
Meus gritos ecoando neste quarto vazio
Contando com a sorte
Acho que estou morrendo
E, é, um tipo de morte lenta
Me indo, nestes ladrilhos
Os sinos tocam
E meu coração palpita
Minhas mãos transpiram
Meu coração acelerou
Por um momento
Por um dado momento, pensei que fosse eu, em teus braços
E tu a me olhar em total júbilo
Queria eu, ser ela
Quem sabes tu me amarias
Apenas Ilusões
Meu coração acelerou
Sangue bombeou
Alarme falso
Meu coração se afogou
Coração sangrou
Pelas rachaduras vazou
É a cena de um crime
Fita de isolamento pus ao redor.
Oh, me acorde deste pesadelo
Que é te ver
Nos braços dela
Beijando ela
Amando ela
Que não sou eu.
Deus, queria ser eu ela!
Quem sabes tu me amasse
Esta dor...
Esta dor algum dia irá embora?
Porque, sinto que nada em mim restou
Oca
Um caco
Vazia
De ti
De mim
Vazia de mim
De ti
O que restou?
Vento e o vazio
Apenas fumaças
Que o vento levou
Tuas lembranças se vão nesta peneira
Nunca mais voltarei a amar
Não queria, mas não consigo colocar
Mais ninguém acima de você
Me regozijarei até o último instante
De tuas lembranças
Das poucas lembranças
E quando daqui eu me ir
Em meus últimos suspiros
Ah, direi teu nome
Doces preces
Eu sei nunca serei ela
Por que você nunca percebe que está me matando lentamente?
- Autor: Fenix (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 11 de outubro de 2020 00:11
- Categoria: Amor
- Visualizações: 27
Comentários1
Bonito poema, poeta.
Profusão de emoções do amor.
Bom dia.
Obrigada. 🙂
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