Com a idade sinto a força dos meus atos
A pesar
Um rebanho de touros indomáveis ao aço
Arrebentar
A memória afetiva pesa mais que o peso
De um elefante inteiro
Quiçá a ressaca moral
Tenha me engordado pra tal
Dirá o entendido da razão
Que sejas só uma ressaca de fim de ano
Só não quero, em meio à multidão
Ficar sozinho, amigo!
Então, chego a Deus e peço
Perdão... uma formiga no formigueiro
Sei lá, mas tenho ouvido
Vozes do inferno
Não sei o que seja inferno, mas algo parecido
A numa prisão, gritos de internos
Como cães e seus latidos
Ou órfãos e seus choros
A vida é rápida, sobremaneira depressa
Que a fé me cobra a promessa
De ser um ser humano mais verdadeiro
Quando tirares os enfeites
Natalinos do pinheiro
- Autor: Divaldo Ferreira Souto Filho ( Offline)
- Publicado: 25 de setembro de 2020 14:41
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 23
Comentários1
Gostei do poema, também me preocupo muito com as ressacas morais.
Ab.
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