Pintei seu corpo,
como quem pinta a sombra mais detalhada.
Pintei sua boca,
como quem pinta a flor mais doce.
Pintei teus cabelos,
como quem pinta o fio dourado mais caro.
Pintei seus olhos,
como quem pinta as luzes da cidade.
Esculpi suas dores,
Plantei o amor em seu peito,
Cantei a solidão mais mórbida,
Desenhei a Lua em seus olhos,
Fiz da chuva suas lágrimas,
Fiz do escarlate seu sangue,
Da musica mais bela fiz tua voz,
Do vício pelo simples fiz teus desejos,
Da morte mais importante fiz tua vida,
Da obsessão mais suja fiz você.
Luzes me lembram tua luz,
A luz que eu mesmo fiz,
A cidade me lembra você,
Tantas casas,
Tantas lojas,
Tantas pessoas,
E mesmo assim não somos nada,
E tudo isso...
Para te lembrar que é minha.
-Pedro Castro
-
Autor:
Pedro Castro (
Offline) - Publicado: 20 de Setembro de 2020 21:40
- Categoria: Amor
- Visualizações: 13
- Usuário favorito deste poema: Luiz Rossini.
Offline)
Comentários2
Gostei muito do seu poema. Até o título é sugestivo. Poema robusto, com sentimentos alinhados.
Abraços ao poeta, Pedro Castro.
Aguardem o "poder" poético do jovem Castro.
Pintar, esculpir e desenhar colocando tudo em um poema, é uma obra além da imaginação. Só um poeta nato pra fazer isso. E você fez. Então você o é. Parabéns
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.