"Procura-se um mural onde fixar um coração
Um cartaz para desenhar uma emoção
Precisa-se de um Web site para divulgar sentimentos"
Na borda do precipício da fria inexistência
A gente segue invisível e aspira por
Atenção!
A gente fez menção, ninguém notou
A gente saltou para o mundo!
Duro chão, dura realidade. O mundo anda muito ocupado
Com seu próprio mural, com seu cartaz, seu Web site.
Sentimentos partidos,
Esperanças perdidas e a gente juntando os cacos.
Sou refém dos sentimentos? São eles meus prisioneiros?
É um cárcere o meu peito ou eles moram por direito?
Vão crescendo, se amontoam, se debatem, me confundem...
Vez por outra eles abrem a janela do olhar
E escapam através de uma lágrima ou de um sorriso...
Gesto inútil!
O retorno é sem demora para o silêncio do infinito que é só seu, que é só meu.
Esse é meu lado indivisível
Que expressa livremente
O que no fundo, livre, mente.
"Procuro um mural onde fixar meu coração
Um cartaz para desenhar minha emoção..."
- Autor: Zaira Belintani ( Offline)
- Publicado: 15 de setembro de 2020 09:39
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 17
- Usuários favoritos deste poema: Luiz Rossini
Comentários3
Belo e inspira...dor!
Bem observado, Maria Dorta.
A carencia dos likes murais e afins.
#Somos todos carentes.
Abraços
Zaira..
Sim, Mesmo compartilhado, o pensamento nunca será recebido da mesma forma pelo interlocutor. Eis o motivo da carência.
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