Samuel da silva

as dores do palhaço


Sendo o equilibrista
na corda bamba
As vezes querendo brilhar,
e todos alegrar
Ser o palhaço alegre
e fazer minha arte.
fazer minha parte.
Mas, também tens vezes
após shows do palhaço,
que dentro do quarto
desmancha sua alegre maquiagem
com o leve derramar
de lágrimas.
Gotas que leva a
revelar a verdadeira maquiagem
do palhaço.
Diante de um espelho iluminado
se derrama.
o que tanto proporcionou
alegria disfarçado
sente a dor de um protesto
a favor a arte
Tendo a coragem
e as vezes se sentindo
um covarde
Muitos espetáculos a se fazer.
Vai de encontro
do remédio da sua alma.
Uma bela garrafa do
sangue de cristo.
Numa talagada
se vai metade da garrafa
e de sua alma.
Se sente mais embriagado
Mais uma noite de tantas lágrimas,
que ja se secará.
E noite de uma alma
que só no próximo
espetáculo retornará.
Em passos desnorteados
ele se questiona.
“Do que vale arrancar sorriso,
e depois desperdiçar de minhas lágrimas?.
Na madrugada
vazia se fez a garrafa.
O palhaço solitário estava.
Abandonado ate por sua alma
se pôs a caminho de casa
Umas 04:00 da madrugada.
abria a porta
Imune a seus sentimentos
e uma mente cheia e confusa.
o desalmado.
criou a coragem.
Teve raiva de um deus.
que pra ele, estava morto.
e enterrado.
Talvez morto pela sua
própria criação.
Humanos.

esqueceu que na terra não só
vive os filhos do diabo.
Mais uma vez sentado
com a boca amarga,
acompanhado de um forte odor
de cigarro
o corpo pesa cansado
o diabo em seu ouvido sussura.
desperta a coragem do último
ato do palhaço.
tem memórias de uma família
que o renega.
és também um romeu sem julieta.
O sol aparece
se vê o raio na janela
mais uma vez se maquia.
o palhaço se posiciona.
com os pés chuta o banco
e sente o abraçar da corda
em sua garganta.
Dependurado
parou um coração.
com uma alma
agora, condenada.
no alto, como um brinco em decoração a casa

  • Autor: Samuel da silva (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de Setembro de 2020 12:31
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 19
  • Usuário favorito deste poema: Luiz Rossini.


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