Entre suspiros de madrugada
A febre que aumenta a debilidade
Lembrei de todas as minhas feridas
E minha descrença só aumentava
Cuspindo sangue nos panos brancos
Deve estar vindo direto do meu coração
Que fim trágico seria estar fadado ao óbito aqui
Mas, não agora, ainda não, não será hoje
Não pegaram minha mão
Nem seguraram minhas lágrimas de dor
Um sentimento, vai se transformando, de natural para primal
De vítima para juíz, não serei réu dessa vez
As horas me consomem, devorando minha alma aos poucos
Nesse mundo não há lugar para descansar
Tape os ouvidos, vende os olhos, não importa se você gritar no escuro
Nenhum deles se importará com sua doença
Não me chame de vítima, que eu esteja morto antes disso
Não consigo, não quero, não tenho vontade de ter sua pena
Uma dualidade, um lugar calmo, uma tempestade, a minha doença, diagnosticado desde que era criança...
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Autor:
Marsh (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 27 de dezembro de 2025 09:28
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 6
- Usuários favoritos deste poema: Arthur Santos, LF Text

Offline)
Comentários1
Poema dramático.
Bom 2026.
Obrigado por ler! Um ótimo 2026 para você também.
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