Não sei nomear

Amanda Oliveira

sentou-se na beira da vida
e contemplou
observou o nada
e a tudo contemplava


viveu bastante, é verdade
mas talvez há mais o que
viver, com certeza há


não percebe talvez,
que o talvez é empecilho
que limita e ordena
o arrependimento


senta-se na beira
quem por muito passou
será que não olha
e questiona-se,
talvez, e só talvez,
o motivo de estar na beira (?)


no fim, contemplou
e contemplar não é o fim,
é o começo, só precisa entender
e entendeu


sentou-se na beira da vida
e contemplou.
observou a tudo
enquanto chorava e ria de alegria

percebeu então
que estar na beira da vida
não é o fim como pensou,
tampouco o começo
e o meio,
mas algo que não precisa
ser nomeado

  • Autor: Amanda Oliveira (Offline Offline)
  • Publicado: 26 de dezembro de 2025 13:26
  • Comentário do autor sobre o poema: Poema originalmente publicado no livro: experimentações poéticas do sensível - livro de artistas
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 10
  • Usuários favoritos deste poema: SADE, Arthur Santos
Comentários +

Comentários1

  • Arthur Santos

    Gosto da forma como as palavras criam imagens poéticas.



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