Rodamos em círculos.
Passam-se os anos,
E você não muda.
Depois de uma década,
O desejo ainda sobrevive.
Depois de mil noites,
Eu ainda sinto sede de você.
Nosso ciclo interminável,
Poético e indecifrável.
Nosso laço inquebrável,
Porém, inútil em um diálogo.
Morremos sozinhos em noites de frio,
Renascemos nos braços um do outro,
Toda vez que nos abraçamos.
O que recarrega nossa bateria, é essa coisa louca
Que sentimos e resolvemos não nomear.
O que nos mantém vivos, é a vontade de morrer
De amores um pelo outro, numa noite quente de sexo.
E talvez, o mistério sobre como será essa noite
É o combustível da loucura que nos une.
Talvez, a fome de amar alguém
É o que nos mantém sãos.
Talvez, um dia, você finalmente desistirá de tentar me alcançar,
Conseguirá um amor saudável que te salvará dessa sina
De se perder no caminho de volta pra casa
E procurar abrigo em minha vida.
Vênus.23, dezembro, 2025.
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Autor:
Venus (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 24 de dezembro de 2025 01:12
- Comentário do autor sobre o poema: Todo mundo tem aquela pessoa q por mais q a gente tente resistir, sempre surge a pergunta: "e se desse certo?". Bom, se no passado não deu, pq daria no futuro? Será q o desejo pode se tornar amor? Será que uma relação carnal tem um futuro diferente do vazio e a sensação de algo descartável? Bom, como sou demissexual, eu não tenho planos de descobrir as respostas dessas questões.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 3

Offline)
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