O Amor que Fica

Melancolia...

Beija-me não com urgência,
mas com a verdade do teu olhar.
Teu amor me alcança
como vinho que aquece sem embriagar,
doce porque é real.
Teu nome atravessa meu peito
como perfume que não se esquece.
Em silêncio,
meu corpo reconhece
o lugar onde pode repousar.
Sou terra guardada,
mas tua voz me chama
e algo em mim desperta
sem violência,
sem pressa,
como manhã que chega.
Teus olhos não tomam,
revelam.
Diante deles,
caem minhas defesas
e permaneço inteiro.
Há em mim um desejo que aprende a esperar,
não por medo,
mas por respeito.
Meu corpo entende
o que minha alma já sabe:
amar também é cuidar.
Vem, amada,
habita o espaço entre meu peito e meu fôlego.
Que tua presença seja
mirra suave na noite longa,
luz que não cansa.
Ensina-me tua linguagem silenciosa,
e aprenderei a responder com entrega.
Pois o amor verdadeiro não grita,
não fere,
não passa —
ele permanece.
Forte como a morte é o amor,
e mais fiel que o tempo.
Nem águas profundas
apagam o que foi escrito
pela mão de Deus.
Sou do amor que me chama à vida,
e nele,
sem máscaras,
eu fico.

  • Autor: Melancolia... (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de dezembro de 2025 09:29
  • Comentário do autor sobre o poema: Minha contribuição no mesclado da querida SIMONE CHAVES, que, com muita satisfação participei...Gratidão pelo convite...
  • Categoria: Ocasião especial
  • Visualizações: 7
  • Usuários favoritos deste poema: Versos Discretos, Melancolia..., Nelson de Medeiros, Maria dorta
Comentários +

Comentários1

  • Maria dorta

    O poema revela não só a grandeza de teu amor,sempre fiel mas,também, a alma magnânima do amante que permanece fiel ao Amor e dele não desiste. Parabéns pela beleza do poema e pela grandeza desse sentimento que revelas tão belamente!

    • Melancolia...

      Grandiosidade mesmo foi esse extraordinário comentário.

      Sempre bela no que dizes e sentes....

      Gratidão pela leitura..



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