O que vem a exprimir um poeta?
E se juntar varias palavras bonitas, ou sofridas e feias.
Ou se puxar da cartola a arte derradeira.
Já nem sei.
São tantos a vagar por ai como almas penadas.
Se dizendo sofredores a implorar um amor.
Com um choro meio forçado não enganando mais ninguém.
Seria isso fingimento, ou uma sanidade mau curada que deixou sequelas.
Por duvidar.
As vezes me pergunto.
E você.
E um poeta ou um molambo maluco que encontramos nos becos acinzelados.
Tentando fragilizar os enigmáticos raios dourado que a Lua pelas rachas deixa passar.
Muita calma e educação nessas horas.
Para que um tico de água não vire o vilão
Do tonel trasbordado.
Ilustríssimo Senhor meu Eu.
Já passado de todas essas faces aqui mencionadas.
Curado de toda mesmice.
E que vos digo que poeta nem sou.
Estando mais para um menestrel.
E o tudo que posso dizer.
Obs.
Se não gostaram, reclamem com o rimador.
Que nem sei se por aqui existe.
Apegaua.
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Autor:
Apegaua (
Offline) - Publicado: 19 de dezembro de 2025 07:22
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
- Usuários favoritos deste poema: Well Calcagno, Apegaua, Arthur Santos

Offline)
Comentários1
Magnífico poema caro poeta.
Faz-me recordar Fernando Pessoa no seu poema : AUTOPSICOGRAFIA
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
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