Poeta vagabundo, ou um vagabundo poeta.

Apegaua



O que vem a exprimir um poeta?

E se juntar varias palavras bonitas, ou sofridas e feias.

Ou se puxar da cartola a arte derradeira.

Já nem sei.

São tantos a vagar por ai como almas penadas.

Se dizendo sofredores a implorar um amor.

Com um choro meio forçado não enganando mais ninguém.

Seria isso fingimento, ou uma sanidade mau curada que deixou sequelas.

Por duvidar.

As vezes me pergunto.

E você.

E um poeta ou um molambo maluco que encontramos nos becos acinzelados.

Tentando fragilizar os  enigmáticos raios dourado que a Lua pelas rachas deixa passar.

Muita calma e educação nessas horas.

Para que um tico de água não vire o vilão

Do tonel  trasbordado.

Ilustríssimo Senhor meu Eu.

Já passado de todas essas faces aqui mencionadas.

Curado de toda mesmice.

E que vos digo que poeta nem sou.

Estando mais para um menestrel.

E o tudo que posso dizer.

Obs.

Se não gostaram, reclamem com o rimador.

Que nem sei se por aqui existe.

Apegaua.

Comentários +

Comentários1

  • Arthur Santos

    Magnífico poema caro poeta.
    Faz-me recordar Fernando Pessoa no seu poema : AUTOPSICOGRAFIA





    O poeta é um fingidor

    Finge tão completamente

    Que chega a fingir que é dor

    A dor que deveras sente.

    E os que lêem o que escreve,

    Na dor lida sentem bem,

    Não as duas que ele teve,

    Mas só a que eles não têm.

    E assim nas calhas de roda

    Gira, a entreter a razão,

    Esse comboio de corda

    Que se chama coração.




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