Pela manhã reina a inocência e
A confiança que a vida é doce
O pleno ardor pelo amor real,
A essa altura não se desconfia
Não se cogita, que o que principia
Entre fabulosas alvoradas,
Sorrisos, lembranças e amálgamas
Seja a face do mal.
É nesse tempo que o peito sangra,
a boca seca e a mente inflama,
A guerra interna de nossas almas.
Em pleno dia, se cala casto
Se mistura durante o arado
Não se dá lugar pro coração.
Se mantém quieto,
na boca e no peito
Não se permite plainar faceiro
Pelo azul, a imensidão
Se abriga num quadrado, nada grande, pouco espaço
E vê ruir a emoção.
A manhã parece longe,
E não importa o que se esconde
Nas montanhas de palavras ditas,
Nos montes de silêncios engolidos
Não há redenção.
Chega a noite, o corpo cansa,
o peito mudo já não dança.
A mente deixou de voar.
Mas lá no fundo
Existe um mundo
Que em si, abriga tudo
E toda luz que viu brilhar
Até o dia, que tudo cala
E uma eterna noite abraça
Duma vez o teu sonhar.
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Autor:
Well Calcagno (
Offline) - Publicado: 17 de dezembro de 2025 06:41
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4

Offline)
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