Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."
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Autor:
O Aprendiz (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 14 de dezembro de 2025 17:22
- Comentário do autor sobre o poema: Este soneto foi musicado pelo cantor Raimundo Fagner . O autor manteve como título da música o mesmo título que Florbela Espanca deu ao soneto : Fanatismo.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 12
- Usuários favoritos deste poema: Edla Marinho

Offline)
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