Sendo eu, para você,
Um simples produto
Gerado por ideias
Alheias,
Das quais me perguntam
E eu não tenho todas as respostas.
Sendo eu, para mim,
Um eterno aprendiz da vida,
Construtor de méritos
E inimigo do tempo...
Um viajante curioso,
Caçador de respostas
Que, no fim,
Tentam definir o meu eu.
Sou um fluido
Que se permeia em descobertas
E se molda a cada ideia nova.
A verdade absoluta
É a de que eu mudei,
mudo e mudarei.
Desapreciamento, para mim,
É estagnar-se,
Não desabrochar,
Viver sob uma única ótica
E, a partir dela, tentar definir
Aquilo que chamamos de vida.
As palavras que escrevo
Também mudam.
Tomam seu próprio rumo
Quando tocam outros olhos.
Deixam de ser minhas
No instante em que são lidas.
Disso não tenho controle,
Assim como não decido
A figura inédita
Que criarão de mim
No atual presente.
-
Autor:
Targino M. M. (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 14 de dezembro de 2025 10:17
- Comentário do autor sobre o poema: Este poema nasceu de uma simples (e complexa) análise crítica sobre mim. Em entrevistas ou conversas com pessoas desconhecidas, sempre me pediam para eu me descrever, e a partir disso, me definia apenas com adjetivos, mas nunca filosoficamente. Este poema é uma definição reflexiva do meu eu.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 12

Offline)
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