Eu vejo crianças morrendo de fome
Moscas voando sobre seus esqueletos
Um prato de sopa seria muita sorte
Mas foram esquecidas pelos eleitos
Imploram por um pedaço de pão
Choram já sem lágrimas na face
Partem desse mundo de aflição
Para onde o estomago não arde
Eu vejo homens brigando pelo poder
Eles até parecem inimigos
Mas são braços do mesmo ser
Cujo objetivo é a ilusão e o domínio
Corrompem suas almas pelo prazer
E mesmo assim são aclamados
Prometem tudo que não irão fazer
E no fim renovam-se em seus cargos
Eu vejo a bestialidade da guerra
Ceifar tanta gente inocente
Não cansam de destruir a terra
Pra saciar seus próprios interesses
Prepotentes a bordo de seus maquinários
São desprovidos da razão
Importam seus desejos sanguinários
Do que corpos caídos ao chão
Eu vejo o medo e a violência nas ruas
Onde a vida humana perdeu seu valor
Nos lares o caos também atua
Famílias disputam onde deveria haver amor
Deixamos de sentir o perfume da flor
E de ouvir o canto dos pássaros
De ser da natureza um admirador
E nos tornamos tolos e bárbaros
Abandonamos os sonhos e o criador
Conquistamos coisas passageiras
Acreditamos que só o vizinho sente dor
E esquecemos a morte sorrateira
Ah, mundo do destino desigual
Qual o sentido da tua existência?
Por mais que tu sejas anormal
Ainda amamos a tua beleza.
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Autor:
Carlos Carrero (
Online) - Publicado: 9 de dezembro de 2025 19:31
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 9
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