Hoje tudo pareceu diferente.
Não tão diferente!
Mas o mais estranho era aquela cara sorridente,
tão perfeita, tão única, sem manchas, sem nada.
Quem seria eu, se não a visse primeiro,
antes do sol, do ar, do vento?
Olha… eu não sei explicar essas coisas.
Apenas as vejo passando por mim, sem intenção, sem desejo ou prazer.
Tudo isso acontece de forma espontânea.
Olha… não posso dizer mais nada.
Não posso sequer chorar, gritar ou mesmo
jogar-me montanha abaixo e despedaçar-me aos bocados,
sem ver meu sangue fazer-se lama,
enquanto os sons quebrados — ossos quebrados —
ecoam entre as grutas frias e escuras.
E eu, suspenso no ar,
sem ter o que fazer, me arrependo.
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Autor:
Negro Poeta (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 9 de dezembro de 2025 17:09
- Categoria: Amor
- Visualizações: 11
Offline)
Comentários1
O poema é impactante e traz algum mistério nas entrelinhas. Faz_ nos repensar e exije releitura para melhor compreensão.
verdade, exije olhar de uma forma profunda e delicada.
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