O vento bate
Nas procelas,
Acorda o vate
Que canta,
Enquanto o navio gigante
Eriçando as velas,
Aponta no mar distante!...
Sereias saltitantes,
Golfinhos na linha imaginária
Do horizonte!...
Em meio à tempestade
Que não apascenta ,
Canta o vate.
Prepara a lira!
Aguarda a brisa
Que cantando delira
Ao som plangente
Das ondas que quebram
Mar afora!
Poseidon amaina
A fúria do oceano!
Tudo delira!
Tudo é encanto e festa!
O sol enpresta
Seu rubro raio
Que se multiplica
Na mais encantadora e rica
Junção de sóis,
Clareando a terra!
Do céu, beleza aquela,
Painel, soberba tela
Do infinito !...
Tanto encanto
A lua encerra:
Beijando a terra,
Ondulando a praia,
A lua desmaia
No leito celeste tão bonito! ...
O vento gélido de maio
Assovia, solta a possante voz
Que ecoa
Por todo o firmamento!
O vate entoa
Seu delirante canto!
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 3 de setembro de 2020 00:43
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 18
Comentários1
A lua desmaiou ao ler tão precioso poema. Musicalidade abraçada a rimas ricas e de extremo bom gosto. Um poema que mistura narrativa e descrição com subjetividade de deixar o grande mar ainda mais belo. Parabéns, caro Poeta.
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