JUCKLIN CELESTINO FILHO

VATE DELIRANTE

O vento bate 

Nas procelas,

Acorda o vate

Que canta,

Enquanto o navio gigante

Eriçando as velas,

Aponta no mar distante!...

Sereias saltitantes,

Golfinhos na linha imaginária 

Do horizonte!...

Em meio à tempestade 

Que não apascenta ,

Canta o vate.

Prepara a lira!

Aguarda a brisa 

Que cantando delira

Ao som plangente 

Das ondas que quebram

Mar afora!

Poseidon amaina

A fúria do oceano!

Tudo delira!

Tudo é encanto e festa!

O sol enpresta

Seu rubro raio 

Que se multiplica

Na mais encantadora  e rica

Junção de sóis,

Clareando a terra!

Do céu, beleza aquela,

Painel, soberba tela

Do infinito !...

Tanto encanto 

A lua encerra:

Beijando a terra,

Ondulando a praia,

A lua desmaia 

No leito celeste tão bonito! ...

O vento gélido de maio 

Assovia, solta a possante  voz

Que ecoa 

Por todo o firmamento!

O vate entoa 

Seu delirante canto!

 

  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 3 de Setembro de 2020 00:43
  • Categoria: Surrealista
  • Visualizações: 18

Comentários1

  • Meno Maia Jr.

    A lua desmaiou ao ler tão precioso poema. Musicalidade abraçada a rimas ricas e de extremo bom gosto. Um poema que mistura narrativa e descrição com subjetividade de deixar o grande mar ainda mais belo. Parabéns, caro Poeta.



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