Tenho muitas páginas rasgadas, cheias de rabiscos
De tentativas frustradas, cheio de mentirosos
Não precisa ter pena de mim, estou colhendo o que plantei
Nada me deixa mais sozinho do que minha decepção
Tento ficar bem, tento ficar na linha
Meu coração está cheio de buracos
Me pressione até eu quebrar, que meu sangue sirva de alguma coisa
Nenhum deles se lembram, mas sempre estou vendo uma arma apontada para mim
Como uma marionete, estou enrolado nessas cordas
Cheio de dopamina, não quero ficar nesse lixo
Expectativas quebradas, não se lembre de mim
O calendário me deixa apreensivo, as horas se tornaram meu carrasco
Tem um impostor dentro de mim
Ele fica me sentenciando todos os dias
A ferrugem está definhando minha pele, não sei se chegar no final vai ter salvação para mim
Se eu me afastar do espelho, parece que tenho uma visão melhor
Está mais frio do que eu me lembrava
O doutor me disse: não há nada que a farmácia possa fazer
Por isso, implore, chore, para a cruz eliminar a praga...o que adianta ter tudo, para sentir o nada?...

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