Eu, novamente, escrevendo sobre o amor — e sobre ele porque só penso nele e no quão fascinante ele é. Quando pensamos em algo que nos guia, pensamos em Deus, e Deus é amor. Ou pensamos em uma pessoa que não sai de nossa mente, pensamentos nela com amor; aquela que nos faz acordar e viver cada dia como cada dia, mesmo sendo instigante e dolorido a ponto de questionarmos se é de fato amor, e reconhecermos que talvez uma despedida fosse o melhor para o nosso coração. Ainda assim, restará o amor. Sempre me restará amor por ela.
E ela está fora do meu alcance, mas não as lembranças abaladas que tenho dela: de quando comia pipoca quando íamos ao cinema; ela sempre tossia bastante e saía direto para tomar água porque o sal da pipoca ressecava sua boca — e eu usava isso para brincar que podia hidratar seus lábios até o fim de nossas vidas. Engraçado que não foi o fim de nossas vidas… e tudo bem.
Todas essas lembranças eu sinto com amor. Poderia lembrar das coisas ruins, como brigas e desavenças sobre eu dormir sem avisar ou demorar para responder suas mensagens. Mas isso seria rancor e mágoa, e eu não sei ao certo se guardar memórias além das afetivas e amorosas me faria bem, feliz, consciente. Talvez elas me deixassem em retaguarda, com medo de brigar com outra garota e dar errado, de ter amarguras, esquecendo que depois eu acabaria dando preferência às memórias de amor.
Mesmo que mínimas, eu guardarei todo o nosso amor.
-
Autor:
Raphael Lucas (
Offline) - Publicado: 6 de dezembro de 2025 02:53
- Categoria: Amor
- Visualizações: 7

Offline)
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.