Eu me lembro
do céu azul
mesmo quando era inverno
Eu me lembro
das noites de Natal
em que ainda havia Papai Noel
Eu me lembro
da luz entrado no quarto escuro
pedindo licença antes de desaparecer
Eu me lembro
das primeiras páginas
dos livros que cresceram comigo
Eu me lembro
das horas intermináveis
cortadas pelas lâminas dos calendários
Eu me lembro
que as ruas eram vastas
mas era eu quem era pequeno
Eu me lembro
que o anjo da guarda existia
embora nunca tivesse visto ele
Eu me lembro
de tudo que lá sabia
mas que aos poucos fui desaprendendo
É do finamento das coisas
que nascem as lembranças
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Autor:
joaquim cesario de mello (
Offline) - Publicado: 2 de dezembro de 2025 18:41
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 9
- Usuários favoritos deste poema: tiagocristão

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