Todos em um só por inteiro

SADE

 

Sou o homem que chega com flores
antes mesmo do sol abrir a janela,
porque toda mulher merece gestos
que digam o que as palavras nem sempre alcançam.

Sou aquele que abre a porta do carro,
não por formalidade,
mas por respeito,
por cuidado,
por saber que o romantismo é chama antiga
que não se apaga quando o mundo corre depressa.

Puxo a cadeira para que te sentes,
puxo também tua alma para perto da minha,
e em cada detalhe deixo claro:
o cavalheirismo não morreu,
ele apenas espera por mãos que saibam usá-lo.

E quando a noite desce sobre nós,
trago comigo outro tipo de delicadeza,
um contraste que só quem conhece a arte do amor
pode entender:
ser terno no toque
e firme no desejo,
ser brisa que afaga
e tempestade que reclama seu espaço.

Porque na cama —
ah, na cama —
sou o homem que domina sem ferir,
que conduz sem impor,
que lê teu corpo como quem decifra poesia.
Sou o dominador que sabe
que uma submissa é, antes de tudo,
uma mulher inteira,
forte, profunda,
que merece ser tratada
não como objeto,
mas como obra-prima.

E te ergo com as mãos,
te honro com o olhar,
te levo ao limite com cuidado
e ao prazer com devoção.
Sou selvagem no instinto,
mas consciente no toque;
ardente na entrega,
mas suave no depois.

E cada gesto meu declara ao mundo
que toda mulher merece um homem assim:
que seja flor e fogo,
cavalheiro e furacão,
poeta e predador,
romântico na alma
e intenso no desejo.

Pois amar — amar de verdade —
é saber ser porto seguro
e mar aberto ao mesmo tempo.

E eu, amante que sou,
sou ambos.
Sou todos.
Sou inteiro.

  • Autor: SADE (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de dezembro de 2025 11:21
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 3


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.