Ah! Isso é o tempo.
Espontaneamente docente, pacificador,
afeiçoado às faces da idade...
sobretudo a calma, a própria vaidade,
a transformação,
a razão,
a dor,
o amor...
(Ele, o tempo)
Desofusca o desenxergamento do avesso,
as prescrições impensadas
dos pensantes,
e de berço.
É um ponto a ponto dos pontos cardeais,
a cancha repensando vielas, praças,
rodovias de rodagens;
editar as inúmeras inverdades;
crescer sem esquecer velhas bobagens;
desimportar os disfarces da grafia:
a cadência que ditam os pontos e vírgulas,
e que distorcem os desfechos das histórias.
Desdizer diversos sins do dia a dia,
e emudecer, enfim, inúmeros nãos.
Abandonar as dubiedades
das vãs filosofias,
aproximar-se da morte para compreender
à vida,
e aceitar os nutrientes do pão.
Ah! Isso é o tempo.
São versões de memórias.
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Autor:
Lucien Vieira (
Offline) - Publicado: 1 de dezembro de 2025 08:28
- Comentário do autor sobre o poema: ... fala de um lugar de maturidade: alguém que já percorreu “rodovias de rodagens” e compreende que viver é, em grande parte, rever, reavaliar e reescrever a própria história.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 2

Offline)
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