? O Vazio Não É O Espaço. É Aqui.
O terno amassado, o cigarro na chuva.
Ele tenta fugir, mas tá sempre voltando
pra mesma briga de rua, o mesmo beco.
A vida dele é só um replay sem sentido.
Acho que por isso a gente se conecta.
Aquele olhar vazio do Spike... é real.
Ele viu a única coisa boa ir embora
e agora só sobrou o peso, a fumaça.
A Júlia era o sol. E ele se queimou.
Ou melhor: ele deixou queimar.
Porque é mais fácil estragar tudo
do que encarar o que é bom.
Esse papo do Gato Malhado é foda.
É sobre esperar quem você sabe que não volta.
É a prova de que esperar é a pior tortura.
Você sabe que tá sozinho, mas insiste na ilusão.
A gente vive nessa de esperar. Por algo, por alguém.
O jazz é a trilha sonora desse vazio que não passa.
O silêncio do espaço, que devia ser a paz,
é só o barulho da nossa cabeça gritando.
A gente não tem pra onde ir, não tem casa.
Só tem a nave. A fuga. O "ver para onde vai".
Mas todo mundo sabe para onde vai:
Para a mesma merda de sempre.
O final é sempre o mesmo.
Aquele momento que você tem que decidir
se vai encarar ou se vai fugir pra sempre.
Ele encarou. Corajoso, mas burro.
Fica só o eco. O copo vazio.
A sensação de que a história
acabou antes de começar de verdade.
Bang. E a gente fica só com o silêncio.
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Autor:
Miguel Alexandre (
Offline) - Publicado: 1 de dezembro de 2025 03:46
- Comentário do autor sobre o poema: Esse é um texto de poesia e interpretação minha sobre o anime Cowboy Bepob, é um anime muito bom, história magnífica, tem seus pontos autos e baixos, e coloquei meu sentimento sobre cada linha feita, para quem ler isso, muito obrigado, e eu recomendo assistirem o anime ou um resumo.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 1

Offline)
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