Escapar

Marujo

Escapar

Eu caí no buraco de novo,
logo eu, que jurava estar pronto pra sair,
logo eu, que me dediquei,
logo eu, que já estava a escalar.

 

Tinha um rosto, na saída,
um que eu só consigo odiar,
e o sentimento me atordoou,
oito bilhões a me repugnar.

 

 Logo eu, que estava me acostumando.
Logo eu, que disse que não iria chorar.
Logo eu — sozinho, como sempre —
caindo, sem ninguém mais pra culpar.

 

Mas você vai ver, mundo,
que mesmo sem ter braços,
eu vou escapar.
Um dia vou crescer asas,
e sem nem saber como,
vou voar.

  • Autor: Marujo (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 26 de novembro de 2025 02:08
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 4
  • Usuários favoritos deste poema: Poesia Abandonada


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