Meu soldado medieval

Meu soldado é marrento, mas com os outros,

Pois comigo é tão grudento...

Meu soldado é brutal, é forte, é preciso,

Mas com um sorriso já mas visto.

Ele não é um homem qualquer,

Mesmo sem a armadura, sua força é brava,

Tendo a alma pura,

Não imaginava que em um só corpo caberia

Tantas cicatrizes, elas seguem em quase todos os seus músculos

Como raízes.

Mesmo eu sendo acima do peso,

Ele me pega como se eu fosse um papel,

Me deparo com um sorriso malicioso,

Um sorriso cruel, mas é belo, é gentil,

Tendo o beijo doce como mel.

Sem esse homem eu não vivo,

Sem esse homem eu não durmo,

Sem esse homem eu não sorrio,

Isso é irritante!

Isso é um absurdo!

Isso é cruel!

Ele é sábio, é amoroso,

Ele é forte e cuidadoso,

Me traz flores toda noite ao chegar de suas batalhas,

Ele não se cansa... Nunca se cansa.

Quando passa o dia em casa,

Mesmo que eu brigue com ele para não fazer nada,

Ele finge que não escuta e limpa toda a casa,

Faz o almoço e o jantar como se não fosse nada,

E não quer que eu ajude nem se for para fazer a salada.

Se eu retruco, ele me beija e abraça,

Sussurrando em meu ouvido com sua voz rouca e calorosa:

"Eu nunca te ajudo com isso...

Por favor, me deixe ser útil".

Mesmo eu sabendo que isso é uma desculpa esfarrapada,

Da mesma forma que das últimas 99 vezes,

Ele me tira a fala, ele me domina

De um jeito que nem ele sabe.

Soldado cruel!

O que eu vou querer com um homem rico,

Se esse é o único que faz o meu mundo

"Ele é grande, ele é forte,

Não tem vida nem morte,

Ele é grande, ele é mal,"

Ele é o MEU soldado Medieval.