À Margem da Existência

Miguel Candumbo Celestino Magalhães

Se um dia eu partir
para além dos rios
e das águas tranquilas

 

e não tiver realizado
todos os meus sonhos e desejos
então não parti

 

Ainda vagueio
entre sonhos não realizados
perder me é impossível
pois caminhei no Senhor
para não me esvanecer
neste mundo vadio

 

Ahh !

Ontem chorei
mas a alegria que vem pela manhã
não é fruto de homem algum
nem de deuses gregos
forjados por mãos humanas
para transcender no espírito
e na carne

 

Além de mim não existo
sou pó que num sopro se desfaz

 

Sou eterno no Eterno

 

Em mim não existo
mas existo no Eterno.

  • Autor: Negro Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 23 de novembro de 2025 05:13
  • Comentário do autor sobre o poema: O poema fala sobre sonhos não realizados e sobre não se perder, mesmo nas dificuldades. Mostra que somos frágeis como pó, mas que nossa vida e essência existem no Eterno. É uma reflexão sobre a vida, a morte e o que realmente importa.
  • Categoria: Espiritual
  • Visualizações: 3


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.