Obliteração

LF Text

Procurando rastros, caminhos que perdi durante a infância 
E agora, os olhos escorrendo tudo o que tenho 
Eu pensei, que poderia ter um mundo diferente 
O resultado disso tudo foi a minha própria obliteração

Onde está? Onde você foi parar?
A máscara esconde aquele que chorou sem parar 
Fui enterrado em pedras, nem deu para me despedir 
Estou cumprindo o prometido, mas tem um impostor dentro de mim 

E parece que voltei da minha própria morte 
Escutei bem, se existe vencedor, também há perdedor, vivemos num inferno e nele sempre haverá dor 
Nos seus sonhos eu consegui ver, a sua inocência ondulada, perene e insípida 
Me perdoe se não gostou, eu preciso continuar a jornada 

Eu não sou ninguém, não quero ser alguém 
Na beira do precipício, eu olhei para o fundo e ele olhou para mim de volta 
Um modo de lidar, um modo de desligar 
Abra o buraco, nesse coração podre que já não há o absoluto nada 

Lágrimas, lua, se encheram de sangue 
Nesses pesadelos, eu já não sou mais o mesmo de antes, os dias andam meio distantes 
Mas, posso te convencer, então me escute 
Nesse mundo, pode ter fagulhas de luz, mas nos resta apenas a obliteração
A esperança não está aqui, apenas lá nos céus, para aqueles que se arrependerem de verdade...

  • Autor: Marsh (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 20 de novembro de 2025 21:49
  • Categoria: Surrealista
  • Visualizações: 5
  • Usuários favoritos deste poema: LF Text, Drica
Comentários +

Comentários1

  • Drica

    Eu gosto das figuras que coloca. São estranhas, algumas assustam no bom sentido. Faz meditar.

    • LF Text

      É um dos meus objetivos, obrigado por ler 🙂



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