Há dias em que existir é como caminhar dentro de um labirinto sem paredes - tudo é aberto, mas nada aponta uma direção.
Tem dias que não é fácil continuar,
que existir pesa mais que o corpo.
E que você não encontra forças para suportar.
A fé, tão frágil, escapa pelos vãos das dúvidas.
Você procura motivos e objetivos
para tentar automotivar-se,
sustentar-se e seguir em frente.
Mas... No final tudo se torna insuficiente.
O tempo passa, a vida passa...
As dores, as derrotas, as falhas
e a incapacidade te consomem.
Sempre inerte no passado,
preso entre o que foi e o que nunca será.
Como se o presente e o futuro,
fossem iacônicos ou quiméricos.
Dias que a escuridão, é o único atalho.
Vez que chegam os questionamentos:
Por que continuar aqui?
Qual sentido tens viver assim?
Os sorrisos já não se firmam.
Não há bonitas razões para subsistir.
Só decepções, lamentações...
Tão pouco perceptível, a dopamina...
A ocitocina que parece ter desistido de visitar seu corpo.
No coração não há rancor.
Mas com tudo isso,
também ausenta-se o amor.
Apenas um silêncio profundo,
um coração que opera por hábito,
e uma alma que tenta, apesar de tudo,
lembrar-se de como era viver -
antes de apenas existir.
Mas talvez, apenas talvez...
A vida, mesmo com suas dores, seja o único presente.
E a escuridão, o único caminho que te fará encontrar a luz.
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Autor:
_f1ctin.ang3l_ (
Offline) - Publicado: 20 de novembro de 2025 03:29
- Categoria: Triste
- Visualizações: 2

Offline)
Comentários1
Tem dias assim.
Belo poema.
Sim, infelizmente...
Gratidão, pelo elogio!
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