O véu dos prantos

santidarko



Um adormecer sereno,mesmo gélido,...deslizei
deixei-me ir
O som ao meu redor,estava mais aguçado
acolhedor
como se fizesse parte dos meus sentimentos
de meu ser

O rubro que agora estampava meu cândido vestido
sacramentava milha escolha

A última das decisões

O pulso desatado
fechava minha passagem em vida corpórea


Após o deixar do escurecer
sinto
que a maior traição
foi para comigo mesma
meu descaso à chance do Ser e Estar
o vínculo descomprometido para com a vida

O proeminente
à minha Alma
haveria de ser meu preceito


meu mandamento


O sentimento mais algente de que senti
viva
é frágil, ao equiparar a esse momento


não descreveria em palavras
em Espectral forma

Minha Grinalda
insiste
em voltar para os meus cabelos quando tento seu retiro

O véu
seu ausento


similarmente

Meus pés
agora
sempre descalços

Meu buquê
negro

como as noites escuras sem Luar

Meu andar
Eternamente nupcial
Minha Face acobertada incessantemente

Minha sina

  • Autor: santidarko (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de setembro de 2020 00:14
  • Categoria: Gótico
  • Visualizações: 14
Comentários +

Comentários1

  • Carlos Hades

    Belo Poeta!
    todos navegando por "Aqueronte" ao meu encontro!

    • santidarko

      OBRIGADO,meu nobre amigo de alma artísticas!Saiba,que, mesmo que eu não comente em seus trabalhos recentes,estou sempre,"a te seguir" em suas novas colocações.



    Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.