Ofegante e trêmula,
puxo o oxigênio como se ele estivesse rarefeito.
Meus olhos chegam a preencher de lágrimas,
mas elas não são expulsas de mim.
Culpa, dor, incapacidade
me sinto afogando sentada no meu sofá,
sem ter uma sequer gota d'água.
Tão confusa estou
que me tornei cega
e não vejo um palmo a minha frente.
Perdida em um imenso mar sem horizonte,
não encontro esperança.
Olho para o céu limpo,
o sol está lá em cima brilhando.
Clamo por esperança,
meu corpo ganha uma dose de ânimo,
mas logo meus olhos avistam o sem fim do mar
e me afundo novamente.
Tento me agarrar a tudo que encontro
para não afundar:
atenção,
carinho,
ilusão,
porém, nenhum tem densidade
o suficiente para me suportar.
Mesmo sabendo que a resposta está em mim,
eu só precisaria boiar.
Entretanto, há um chumbo tão pesado
preso ao meu coração,
que me puxa para o fundo do mar.
Eu só quero que tudo isso passe logo,
morrendo ou sobrevivendo (renascendo)
Essa luta entre a vida e a morte
é relativamente eterno,
sem fim.
A vida com seus altos e baixos
com seus dramas e alegrias
segue seu curso naturalmente,
no entanto, eu não aprendi a vivê-la.
Algumas lágrimas singelas escorreram
buscando um novo caminho ao dissertar até aqui.
Talvez seja o início de que estou aprendendo
a chorar.
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Autor:
Cosmo Rem (
Offline) - Publicado: 16 de novembro de 2025 12:52
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 3

Offline)
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