Batendo de frente com uma porta
Esperei alguma janela se abrir
Mas, eu te disse, não gosto de perder as coisas
Nunca olhei para baixo, nunca retrocedi, não vai ser o meu retrocesso
E as lágrimas dela não me significaram nada
Eu não senti o calor vindo dos seus abraços
Meio assintomático, me deixe dormir sem ser incomodado
Então, eu te disse, não quero ser um perdedor
Ainda consigo ver o reflexo das minhas imagens borradas
Com dores no corpo, sinto minha vida se esvair aos poucos
Mas, precisam de mim não? Por isso me dão medicamento não?
Sou utilizável? Reciclável? Manipulável? Eu disse para você
Joguei o extintor nas chamas
E o reflexo delas estão estalando no meu rosto
Eu te disse, não gosto de perder as coisas que gosto
Sou aquele corvo na catedral, esperando o bater do sino
Fazendo o que nasci para fazer
Nem mais nem menos, estou meio cabisbaixo com isso
Eu bem que te disse, não gosto de perder, mas eu sinto que me perdi...

Offline)
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.