O medo espreita ideias insólitas,
testa a firmeza da minha mão.
Mas se a partida bate à porta,
sigo inteira — sem negociação.
Essa é a lei que me costura por dentro.
Faço as pazes com meus erros,
apago culpas que já tiveram preço.
Assisto ao drama como quem aprende,
cada cena, um traço do que sou.
Desenho sonhos que às vezes esqueço —
mas sei: o coração guardou.
Na areia movediça da preguiça,
se me agito, afundo mais.
Mas é nesse poço lento
que encontro o que me refaz.
Habito a cenografia da alma,
onde o real beija a imaginação.
Entro e saio quando a brisa me acalma,
no compasso do meu coração.
E sei —
a madrugada sempre vence a escuridão.
Os elos que dormiam na razão
acordam, vivos, na minha percepção.
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Autor:
Medusa (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 12 de novembro de 2025 08:24
- Comentário do autor sobre o poema: Esse poema nasceu de uma travessia silenciosa.\r\nÉ sobre se perder dentro de si — e aceitar que esse labirinto também é lar. É um diálogo entre a dúvida e a fé, entre o caos e o centro que insiste em permanecer.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 3

Offline)
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