Ansiedade

Igor Oliveira da Silva

Que suave cintilar
Vem dos raios de sol 
Escondendo-se atrás 
Das montanhas de além.

Alaranjado céu,
Acalmante à vista,
Com nuvens voando 
Me provoca um encanto...

Se eu soubesse voar
Oh, se eu pairava no ar!
Para ver o fulgor
Deste brilho solar,
Estas belas montanhas 
Tão de repente ofuscar.


Ai...
Uma grande tensão no meu peito a fluir
O coração acelera e eu penso em fugir
Porque eu vejo a pintura laranja no céu 
De memória em memória —  desvendando o véu 
Que vendava meus traumas com gosto de fel
E minha alma atentava e eu tentava sumir,
Vontade eu tive de querer desistir!

E o sol se escondendo lá atrás das montanhas 
Da caixa de Pandora a tampa abriu,
Turbilhões de lembranças dali irrompeu.
Imagens, imagens — memórias, memórias!
Disparo da mente que foge assustada
Correndo em círculos tão desnorteada,
Em estado de alerta, pensando, pensando...
Sem ar, sem palavras, tentando parar.
São gatilhos que tenho, pareço endoidar.

  • Autor: Igor Oliveira da Silva (Offline Offline)
  • Publicado: 11 de novembro de 2025 18:04
  • Comentário do autor sobre o poema: Este é um poema que expressa como ás vezes a ansiedade vem do nada, e se instala na mente, perturbando até um dia de paz.
  • Categoria: Triste
  • Visualizações: 8
Comentários +

Comentários1

  • Arthur Santos

    Sente-se cada palavra. Poema Intenso e emotivo.

    • Igor Oliveira da Silva

      Obrigado. Essa era a intenção.

      • Arthur Santos

        Boa tarde poeta. Eu sou de Portugal/Lisboa. Posso saber de que país e cidade é?
        Saudações Poéticas.

        • Igor Oliveira da Silva

          Ótima tarde, nobre. Sou do Brasil, moro em Minas Gerais.



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