que fosse salva pelo seu amor.
acreditou no que sonhou,
na promessa que ele jurou.
ela se doou com corpo e alma,
deu-se por inteira, sem ter calma.
viu nele um conto encantado,
um sonho antigo, enfim encontrado:
ser uma princesa, ter seu príncipe encantado.
o príncipe que tanto sonhou,
a cada gesto mais a conquistou.
e, aos poucos, sem freio, se entregava,
aos olhos castanhos por quem se apaixonava.
cega, mergulhou sem medir o fundo,
num amor imperfeito, perdido no mundo.
em sua pele, o nome eternizou;
no peito, a dor a silenciou.
nos lábios dele, se afogou,
iludida, achando que o amor a regenerou.
a conexão parecia invencível —
ele dizia: “é para sempre”.
mas foi ele quem a feriu,
com palavras que o tempo apagou.
o príncipe virou dragão,
e incendiou por completo o coração
daquela que, para sempre, o amou.
de pouco a pouco, o fogo se alastrou,
cada vez mais a machucando,
fez a “princesa” perder o se doce encanto.
seu cabelo foi caindo,
seu sorriso, perdendo o brilho;
em lágrimas, se afogando,
o coração se despedaçando,
e da vida, desanimando.
aquele dragão, que ela tanto amava,
simplesmente a deixou.
voou sem ao menos olhar para trás.
ela lutava pra tentar esquecer
seu sorriso, seu amor —
mas quanto mais o amava,
a dor em silêncio, a torturava.
o dragão soprou... e partiu,
deixando um coração que nunca mais sorriu.
o amor inocente, destruiu;
sem pensar, ela decidiu —
as memórias em seu coração enterrar,
e para sempre, em silêncio, o amar......
????;

Offline)
Comentários3
É os brutos também amam. Boa tarde poetisa.
Que lindo!
Muito profundo. Parabéns!
bom
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.