Me sinto descolando de mim,
E nada posso fazer.
O tempo voa, perco-o pelo escuro,
E meu corpo já não quer me obedecer.
É verdade, não confio mais em mim,
Mas então em que eu vou confiar?
Eu estou tentando, eu sei,
Mas também não estou, então é difícil, sobre isso, pensar.
Talvez eu esteja jogando um futuro fora,
Talvez eu não esteja sendo suficiente,
Talvez eu esteja perdida por aí afora,
E também perdida dentro da minha mente.
Então lágrimas descem, o desespero sobe.
Se eu não fizer der certo, nada vai dar,
E tudo aquilo que a minha vida girou em volta, some.
Como eu faço para continuar à andar?

Offline)
Comentários3
Gosto da fluidez das palavras.
As vezes o abismo mais profundo se encontra em nossas memórias, o pensador tem seu corpo trancado pelos pensamentos.
Belas palavras e um profundo poema.
Parabéns! Continue assim.
O negócio é pegar o touro a unha!
Abraços
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