Eu te pressinto antes mesmo de existir,
como quem decifra um nome escondido
entre os silêncios de um livro antigo.
Leio você nas frestas dos poemas,
na pausa inesperada de uma vírgula,
no fôlego que falta quando a página vira.
Como se tua presença estivesse sempre por perto,
mas jamais inteira.
Não tenho tuas mãos, nem teu rosto,
apenas a promessa sutil de que, em algum tempo,
alguém há de caber no que escrevo.
E, quando chegar, talvez entenda
por que meus versos procuram por ti
mesmo sem te conhecer.
Até lá, deixo que o mistério conduza,
e que o amor, esse que ainda não tem destino,
me escreva de volta um dia.
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Autor:
Metamorfose (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 9 de novembro de 2025 22:16
- Categoria: Amor
- Visualizações: 7

Offline)
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