Observo tua terreira,
Aproximo-me com o osso afiado.
Absorvo tua roseira,
O seu caule será desfiado.
Essa é a minha verdadeira natureza.
Você disse nunca ter chorado.
Me desculpe por ser motivo da tristeza,
Mas onde que teu espinho estava guardado?
Por que não disse nada depois da descoberta dos outros?
Por que nunca me atacou com o seu olhar triunfante?
Ou usou a impiedade de tua língua contra meus lobos?
Por que você nenhuma vez voou para longe?
Eu não tenho direito de ser teu amante.
Te deixarei levando teus espinhos e flores arrancados.
Prometo-te fincá-los em meu semblante
E plantá-los em um lugar
Onde seus amores não serão eliminados,
Como hoje eu fiz.
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Autor:
Magz!!! (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 9 de novembro de 2025 21:35
- Comentário do autor sobre o poema: Einar está confessando sua natureza bruta e impulsiva e reconhecendo q, ao se aproximar da mulher que ama (Ymir), acabou ferindo aquilo que era delicado nela. Ele a vê como Coruja sábia, silenciosa e orgulhosa, alguém q observa antes de agir, q sente sem mostrar. O q mais o abala é justamente esse silêncio dela: Ymir n atacou, n fugiu, n o enfrentou com palavras afiadas. Ela apenas olhou e calou, e isso mostra ainda mais a culpa dele, porque o lobo esperava batalha, mas recebeu dignidade. No final, Einar se despede levando consigo as dores e as flores dela como forma de penitência. Ele promete replantar o q destruiu num lugar onde o amor dela possa sobreviver, reconhecendo que n soube acolher a sensibilidade silenciosa de Ymir. É o adeus humilde e doloroso, onde o Lobo admite q ama demais, mas ainda n sabe amar do jeito q a Coruja merece.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 4

Offline)
Comentários1
Às vezes, quem mais diz amar é justamente quem mais fere.
Eu me aproximei de você, eu toquei no que era sensível, eu provoquei dor em você.
E a verdade é que o amor, quando não é cuidado, pode se transformar em corte — mesmo quando não foi essa a intenção inicial.
A cicatriz não nasce do que é superficial, mas do que foi sentido no íntimo.
Por isso, não é a ausência de amor que machuca…
É o amor mal administrado, mal expresso ou mal compreendido.
Lindo poema. Parabéns!
Exatamente! Obrigada 🙂
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