Nos olhos dela, um risco de lápis; e só.
Pó nenhum, e sem qualquer máscara, e sem base.
Quase surreal; e nos cabelos um nó.
Dó de quem a lia; era a mais perfeita frase.
Crase à vida; aspas que fecham em abraço.
Cansaço: há uma vírgula na hora: pausava,
Exclamava graça! Acentuação em cada espaço.
O traço da interjeição vinha e sublinhava.
Pontilhava delicadeza; em tanta cor.
Flor pelo travessão da alma tem permanência.
Essência; o til do coração, tanto valor.
Calor sem ponto; afinal, além aparência.
É transparência; sem hífen era seu humor.
O ledor vê entrelinha e reticência.
Raquel Ordones #ordonismo #raqueleie
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Autor:
Raquel Ordones (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 8 de novembro de 2025 17:41
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 27
- Usuários favoritos deste poema: JT., victoremmanuel

Offline)
Comentários3
O poema utiliza um tom coloquial criando uma sensação de intimidade com o leitor.
Gosto muito Raquel.
superabraço, menino poeta! obrigada pela presença!!!
De nada, menina poetisa 🙂
SERGIO NEVES - ...tu és mesmo inusitadamente única na formatização de poesias...,...não canso de me cativar pelo teu estilo de versar...,...o que, à primeira vista, parece ser um jeito um tanto "rebuscado" de escrita, no decorrer da leitura percebe-se o que de natural todo esse "rebuscamento" é de ti, crias as imagens poéticas por "entrelaçamentos" -podemos dizer assim, mas de tal maneira que tudo se encaixa num sentido poético que acaba por envolver...,...taí esse teu "mui formoso" escrito a isso mostrar...,...ou seja: -...é tanta expressão! /// Meu carinho, menina.
feliz aqui com seu carinho pela minha escrita!! obrigada, menino poeta!
Que poema maravilhoso — realmente impressionante pela sutileza e pela originalidade com que transforma a linguagem em sentimento.
Pelo que entendi, há uma personificação. Aparentemente, a frase é a representação desse ser.
E, usando figuras de linguagem, você expressa a admiração que tem por esse ser.
O fato curioso é que eu não consegui identificar o ser. Seria uma pessoa? Seria literalmente a frase?
Enfim, acho que o ponto central do poema não é identificar quem está sendo admirado, mas sim a admiração em si.
obrigada! vez ou outro o poeta precisa falar de sim, ou pelo menos tentar acarinhar-se com palavras, mas que não são só palavras, um auto amar-se! feliz com sua leitura e comentário! abraços!
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