A vida tem sido leve, como um vento fresco daqueles dias calmos.
Há dias, sim, que são tempestades — e noites frias.
Mas basta viver um dia de cada vez.
Tenho percebido que parei de me importar tanto com certas coisas.
Há momentos e pessoas que nos machucam, como uma flechada no peito,
de surpresa.
Mas é justamente na dor que a gente aprende a ser quem é.
Eu me tornei mais forte —
e talvez seja isso que precisamos viver:
entender que nem toda primavera é cheia de vida.
Ela é bela, sim, e eu aprecio cada detalhe,
mas também é dolorosa, como uma flor que vai perdendo a cor.
Ainda assim, basta chegar a próxima chuva
para que eu me transforme novamente —
ainda mais capaz do que imagino.
Não serão as feridas, grandes ou pequenas,
que vão me impedir de florescer.
Sou intensa, sim,
mas leve — como o vento.

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Comentários1
Uma construção poética muito inteligente.
Fico feliz que minhas palavras tenham encontrado sentido no teu olhar. Que a poesia siga nos construindo, verso por verso
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