À pétala que morreu

Minha querida pétala de muitas cores,

Minha musa envolta por mil dores,

Ainda me lembro da sua busca pelo amor perdido,

E de como procuraste refúgio em homem bandido.

Não sei se chegaste a perceber que teu abrigo estava comigo,

Só sei que nada é tão doloroso quanto este castigo;

O de amar cada milímetro que abrange teu ser,

Mas não poder, sequer por um segundo, te ter.

Saiba que, como o Sol, que não se apaga nem por um instante,

E como a noite vindoura, que é simplesmente uma bela constante,

O meu amor é incógnita sem limite, senão o infinito.

E hoje é mais um dia sem te ver, mais uma noite sem você.

A morte que te alcançou ainda não me encontrou.

Lamento, pois é uma tortura viver sem o seu amor.

Logo, proclamo: pior que morrer é viver envolto em dor.