O estalar da brasa, queimando nos restos de cinza
No olho do furacão, consigo sentir a eletricidade pulsar no meu coração
Na água escorrendo da minha testa, quando estou lavando meus machucados na pia
Eu senti um calafrio na madrugada, não era do vento, não era do frio
Estive apagado por muito tempo
Esperando a minha própria letargia
Isso me influencia, quase como uma praga
Só que resolvi agarra tudo e não soltar mais
Não consigo sair desse personagem
Meus olhos são semi cerrados, como se suspeitasse de tudo
Promessas vazias para mim não são nada
Porque estou juntando as minhas cartas na última jogada
Sabe o que é engraçado? Estou apenas colecionando os pedaços
Então desenterrei meus pesadelos, enquanto bebia os traumas
E a ignorância deles me perturba, me colocaram na posição de cima
Só que parece que estou vendo uma maquete
O estalar, dentro do meu crânio, no meio dos meus dedos
Fingindo a burrice, fingindo concordar, eu não quero nada além da cruz que me carregou
Sabe o que é irônico? Sabe o que é hipócrita? É quem pensa que só existe sua história...

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