Líricopata

Ni3 Gamer_Z

E se eu minto o que escrevo e nem me apercebo? 
Como tomar um placebo e achar que está funcionando.

Viver numa ilusão, meio clichê.
Não sinto nada do outro...
A não ser que seja de você.

Ou será outra mentira sem querer?
Ou o querer querendo?
Sendo errado mas eu achar o certo
Mentir a empatia só para te ter por perto?

É, eu não ainda não sei,
Mas quero um novo desafio
Seguir outro fio para tentar sentir algo
Algo diferente, algo para mim
Algo destinando exclusivamente a mim que não envolva um amigo.

Pensando bem, sou capaz de fazer um inimigo no processo
Mas ainda não processei outro pensamento e...
Já tenho um outro processo em processamento...

E nem me fala para desdramatizar!
E se eu gostar de ser assim?
Qual o mal de ser assim? Me fala!
Na real, nem abra a boca, tô pouco me importando!

Bem, eu vou me deitar agora.
Tem outro amanhã amanhã 
Não há que lamentar 
Mesmo eu não me encontrando
Não ver um amanhã amanhã...
Será que vivo num loop do experimento de Rosenhan?

  • Autor: Ricardo Gaspar (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de novembro de 2025 20:27
  • Comentário do autor sobre o poema: Será que sou? Somos?
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 3
Comentários +

Comentários1

  • Arthur Santos

    Caro poeta, já dizia Fernando Pessoa:
    O poeta é um fingidor
    Finge tão completamente
    Que chega a fingir que é dor
    A dor que deveras sente.

    Bom poema!

    • Ni3 Gamer_Z

      Obrigado, Arthur Santos! Ouvi esse trecho bem recentemente, e concordo. O poeta é um mistério sem solução na minha opinião...

      • Arthur Santos

        A poesia é o mistério de todas as coisas...



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