mais um dia afirmando coisas que não são reais
tentando superar inseguranças que para mim são letais
meu corpo se encontra em situação de perigo
lidando com lutas das quais vencer não consigo
minha visão periférica desaparece
a confusão mental acontece
pelo fim eu começo
pelo início eu encerro
meus batimentos aceleram
minhas máscaras se comprometeram
a vergonha de mim mesmo cresce
a vontade de sumir floresce
eu nunca gostei do centro, sempre preferi as laterais
amo personagens secundários mais do que os principais
só de pensar em ser o ponto central, meu corpo tem um ataque mortal
olhos focalizados em mim
meus movimentos foram encadeados
minha respiração se intensifica, porém, o ar não se multiplica
eles fazem tantas perguntas ao mesmo tempo, mas estão todos em silêncio
eu tenho tantos discursos, opiniões e falas desperdiçadas
meu cérebro as bloqueia de maneiras exageradas
eu nunca gostei do centro, sempre preferi as laterais
eu nunca gostei tanto de personagens principais
só de pensar em ser o ponto central, meu corpo tem um ataque mortal
vozes sussurram “você devia estar fazendo mais”
palavras que me foram fatais
quando situações se iniciam, meu corpo paralisa
e a ansiedade então se concretiza
minha mente não para de pensar
e, no fim, não tenho nada para falar.
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                        Autor:    
     
	João Pedro Gomes (
 Offline) - Publicado: 3 de novembro de 2025 20:22
 - Comentário do autor sobre o poema: ansiedade em forma de verso.
 - Categoria: Reflexão
 - Visualizações: 3
 

 Offline)
			
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