São tantas
Que nem posso contar
Aquele dia cinza
Vira puro anil
Daqueles que ferem a retina de tão vibrante
Elas voam ao redor da minha cabeça
Como se estivesse num redemoinho de penas
Fixam nos ombros
e começam a cochichar nos meus ouvidos
Cochichar os velhos dias
Os velhos olhares
Os velhos amores
As velhas nuvens
As velhas estrelas
Às vezes as espanto em raiva;
Às vezes as aturo em tédio;
Às vezes as convido em nostalgia.
Muitas vão
E não voltam
Com aquele corpo diminuto e esguio
Perdem no voo
Escondem nas folhas
Desfazem em fiapos no vento
Mas muitas vem
E não saem
Não importa a tormenta
Não importa o tempo
Não importa a esteira da vida
Fitam
Aconchegam
Adormecem no topo da minha cabeça.
Para sempre me lembrando de suas histórias.
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Autor:
Ultracrepidário (
Offline) - Publicado: 2 de novembro de 2025 20:56
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 12
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