Qualquer coisa.

inexistir

Você já me traz um sentimento de qualquer coisa.
Como se a vida fosse só um presságio para seu desfile.

Como se minha alma berrasse em uma voz de sofrência quando você se vai.

Porque quando você se vai, me sinto sem norte, sem rumo, sem sabor.

 

Tu me pede um pedaço de atenção.

E tudo o que eu posso te oferecer é uma vista para minha solidão.

Mas tu abraças.

Abraça essa solidão, como se fosse sua.

Gastando palavras de afeto.

Abrindo meus ouvidos para a zona morta chamada coração.

Como se sua alma berrasse uma poesia de conforto.

Recitando como eu poderia ser seu.

Como eu poderia aprender a ser portador.

De um amor que ninguém mais possui.

Que ninguém mais entende.

Um hóspede de um desejo mútuo. 

 

Queria te dizer que te amo.

Dizer que prefiro ser seu amante, do que ser seu amor.

Se isso significasse ter você todas as horas. 

Mas o dia nasce e eu não sei mais ser sincero.

Esqueço de como é ser amada.

E meus olhos sempre se escondem onde as emoções moram.

No fundo dos seus.

Sempre tentando achar o ritmo da sua dança.

Desvendando seus passos.

Suas poesias.

Lendo suas mãos.

Procurando nela respostas.

Que me levem a cartadas do destino.

Mas eles, seus olhos, não sabem dançar devagar.

Já que precisam aproveitar qualquer coisa sua.

  • Autor: inexistir (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de novembro de 2025 23:56
  • Comentário do autor sobre o poema: preciso de qualquer coisa sua.
  • Categoria: Carta
  • Visualizações: 4
  • Usuários favoritos deste poema: Arthur Santos


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